Para analisar a ligação tendo em conta a sobrerresistência nos elementos dissipativos, é necessário, para além de selecionar os elementos dissipativos, selecionar os casos de carga do tipo “Dimensionamento por capacidade” na lista de casos de carga.
Esta nova implementação permite aos utilizadores conceber as ligações de modo a que a capacidade da ligação seja superior à do elemento dissipativo, tendo em conta a sobrerresistência. Nestes casos, os elementos dissipativos sofrerão grandes deformações plásticas, o que dificulta a convergência do modelo, pelo que outro parâmetro relevante nos elementos dissipativos é o declive no tramo plástico.
Conforme indicado na memória de cálculo, a lei constitutiva para chapas e perfis segue um modelo bilinear, em que o declive do tramo plástico é tan-¹(E/1000). Para os elementos dissipativos, para além de se incorporar o coeficiente de sobrerresistência como multiplicador do limite elástico, ajusta-se o declive do tramo plástico. Nestes elementos, para uma deformação de 5%, a tensão atingirá a tensão de cedência do material, amplificado pelo coeficiente de sobrerresistência (𝛾ov ou Ry, dependendo da norma aplicada) e pelo coeficiente de reserva de resistência devido ao endurecimento por deformação, que é igual a 1,1. Este declive, superior a tan-¹(E/1000), contribui para melhorar a convergência da análise.